Não bastasse a revelação de que a Prefeitura do Recife responde por nada menos que 30% do faturamento da empresa Casa de Farinha, por meio de contratos investigados pelo MPPE, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, vem à tona denúncia de que essa mesma Prefeitura estaria atrasando e até deixando de pagar em dia os salários e benefícios dos funcionários digitadores terceirizados da Secretaria de Educação e isso estaria ocorrendo desde o ano passado.
De acordo com denúncias recebidas pelo WhatsApp do Blog, atrasos nos salários e benefícios são constantes na vida funcional desses profissionais.
De acordo com a denúncia, no "mês de janeiro/2019, a empresa responsável, PROSERVIL, fez o pagamento do salário em 03/01, logo após, fez o pagamento dos benefícios incompletos." Quanto ao Vale Alimentação, este teria sido "pago pela metade". Os denunciantes afirmam que o "Vale Transporte foi pago o equivalente ao dia 09/01. O plano de saúde está suspenso. Até a presente data, não foi paga a 2ª metade do Vale Alimentação."
Aos questionamentos dos trabalhadores, o Setor de Terceirizados responde que o problema seriam irregularidades da empresa. Ao entrar em contato com a empresa PROSERVIL, estes jogam a culpa na PCR que não estaria fazendo o pagamento dos empenhos.
Os denunciantes revelam que "apelando para a Gerente de Gestão de Pessoas, ela informa que 'não tem nada com isso'. Quer o trabalho normal, que poucos estão conseguindo cumprir, mas não tenta encontrar soluções", reclamam.
E o que é que os trabalhadores têm a ver com a capacidade dos responsáveis pelas licitações da Prefeitura do Recife de selecionarem empresas idôneas?
A empresa PROSERVIL assumiu em abril, após vencer licitação e a PCR informa que não fará renovação por tais problemas, relatam os denunciantes.
De acordo com os denunciantes, o "Setor de Terceirizados cogitou a possibilidade de que os salários e benefícios, referentes a 2019, apenas fossem pagos no ato da rescisão com a empresa, que acontecerá em abril/2019."
A situação estaria causando transtornos à saúde dos funcionários que estariam adoecendo, pois muitos sustentam as famílias.
Dentro desses problemas, teria ocorrido um acidente de trabalho, no qual uma funcionária teria caído da escada e se machucado. Com o plano de saúde suspenso, esta teria ficado desassistida.
Vários relatos de problemas de saúde e dívidas nos foram encaminhados com os respectivos documentos, inclusive com extratos bancários que comprovam os atrasos, mas para preservar a identidade dos trabalhadores de serem alvos de uma gestão sabidamente perseguidora, não reproduziremos esses documentos aqui, mas estão à disposição do Ministério Público acaso entendam de atuar no caso.
Segundo um dos trabalhadores prejudicados, "sem dinheiro sequer para ir trabalhar, só falta o tronco pra voltarmos pra escravidão.".
Nenhum comentário
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.