Lojistas do Aeroporto Internacional do Recife estão buscando diálogo com a Aena Brasil,
empresa espanhola que administra o aeroporto. O objetivo é chegar a uma solução conjunta para um plano de contingência que congregue os interesses e necessidades da ANB-AENA,
subconcessionários e clientes, diante da pandemía do Covid-19.
Ontem a Associação dos Concessionários Aeroportuários obteve autorização judicial para
suspender o funcionamento das lojas. Alexandre Carneiro, advogado responsável pela ação,
destaca que a suspensão das atividades é facultativa, e não obrigatória. A justiça também
determinou, em caráter liminar, que a empresa administradora do aeroporto abstenha-se de
cobrar, protestar ou negativar faturas vencidas após a decretação de calamidade pública (14
de março).
O presidente da associação, Valter Jarocki Júnior, explica que a opção pela via judicial ocorreu
em sentido acautelatório. No entanto, a negociação amigável com a Aena Brasil continua a ser
prioridade. ''Estamos vivendo um momento único, que demanda soluções excepcionais. O
movimento no aeroporto sofreu profundo impacto. Não é possível aos lojistas arcarem
sozinhos, e de uma só vez, com o prejuízo. Defendemos um acordo com a administradora,
envolvendo redução de custos, prorrogação de prazos, ou outras medidas possíveis de serem
adotadas durante a crise. E estamos confiantes de obter uma boa solução", disse o presidente
da ACAP.
Processo nQ 0018675-76.2020.8.17.2001 TJPE