
Do G1
RIO e SÃO PAULO - Agentes da Polícia Federal cumprem na manhã desta terça-feira mandado de busca e apreensão contra o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, presidente do Solidariedade. A nova etapa da Lava-Jato, denominada Dark Side, é a primeira fase da operação junto à Justiça Eleitoral de São Paulo.
A sede da entidade é um dos endereços onde os policiais cumprem mandado de busca e apreensão em São Paulo e Brasília. De acordo com o G1, também foi pedido o bloqueio judicial de contas bancárias e imóveis dos investigados, determinados pela 1ª Zona Eleitoral de São Paulo. Os alvos são investigados por crimes de falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.
A operação tem como base depoimentos de delaçao premiada de executivos e sócios do Grupo J&F. Ricardo Saud, um dos executivos do Grupo J&F, afirmou que pagou R$ 15 milhões para que Paulinho da Força, por meio do Solidariedade, apoiasse a chapa encabeçada pelo tucano Aécio Neves na eleição presidencial de 2014.
O Solidariedade, partido presidido pelo ex-sindicalista, teria recebido R$ 3 milhões por meio de uma empresa de transportes localizada em Barretos, no interior de São Paulo.
Saud apresentou um contrato com a transportadora, que teria sido assinado apenas para que a transferência do dinheiro fosse feita. A empresa prestava serviços ao grupo J&F.
Os outros R$ 11 milhões, segundo Saud, teriam sido pagos como doação oficial ao diretório nacional do partido.
Na época, Paulinho afirmou que o Solidariedade recebeu R$ 11 milhões da JBS, como doação oficial para a campanha de políticos do partido, e que não houve irregularidades.
No mês passado, por três votos a dois, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Paulinho da Força a dez anos e dois meses de prisão por desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A Corte também determinou que ele devolva o dinheiro, cerca de R$ 182 mil em valores de 2008, que ainda serão corrigidos, e que perca o mandato. Os efeitos da condenação não são imediatos, porque o parlamentar ainda pode apresentar recurso.
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