"Enquanto isso,
algumas categorias continuam - agora pela quarta vez - a passar ao largo
da fúria do dono da chave do cofre. Não há reforma que inclua na
chamada "cota de sacrifício" os militares, políticos, juízes e
promotores, por exemplo", aponta a nota da Fenapef
Leiam a nota na íntegra:
Mais uma vez, de forma gratuita e desnecessária,
assistimos ao ministro da Economia, Paulo Guedes, desferir ataques aos
servidores públicos brasileiros, conjunto de trabalhadores que engloba
os policiais federais e servidores da Polícia Federal.
Na
audiência pública ocorrida nesta terça-feira (11), na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, em
sessão que analisou a admissibilidade da Proposta de Emenda
Constitucional n° 32/2020, vimos e ouvimos a repetição de uma cena que
tem se tornado muito comum: o desejo do ministro de responsabilizar o
servidor público pelas mazelas deste e de todos os governos anteriores.
Já ouvimos antes menções jocosas e também agressivas, atribuindo a
condição de parasitas e até sugerindo a colocação de granada nos bolsos
dos servidores "inimigos" (dele). Dessa vez, foi adicionada a condição
de potencial "militante político" aos servidores que eventualmente
fossem aprovados em concurso público durante o mandato do atual Governo.
A
PEC 32 criará situações insustentáveis dentro do serviço público. É só
imaginar uma repartição pública onde parte dos servidores terá direito a
garantias como a estabilidade e outra não. Ou uma corporação onde
“trainees” terão acesso a informações que deveriam ser protegidas pelo
sigilo, mas que poderão ser tranquilamente compartilhadas caso o
funcionário deixe de fazer parte do quadro.
Enquanto isso,
algumas categorias continuam - agora pela quarta vez - a passar ao largo
da fúria do dono da chave do cofre. Não há reforma que inclua na
chamada "cota de sacrifício" os militares, políticos, juízes e
promotores, por exemplo.
Pedimos ao ministro que, caso deseje
continuar no Governo, no comando dessa importante Pasta, utilize menos
adjetivos contra o servidor brasileiro e realize mais feitos que
beneficiem verdadeiramente os brasileiros, podendo começar pela redução
dos preços do gás de cozinha, do combustível, da energia elétrica e do
dólar. Enfim, mais propostas.
Reformar deve significar
modernizar, melhorar, consertar. No momento, a ação mais sólida
defendida pelo ministro Guedes, infelizmente, é atacar.
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