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Foto: Reprodução |
Treinamento foi dado pela FSB, empresa de assessoria e consultoria que presta serviços para os ministérios do Meio Ambiente, Infraestrutura e para a área internacional da Secom, entre outros órgãos públicos.
A colunista Malu Gaspar, d'O Globo, revela que durante um treinamento de quatro horas, ao custo de R$ 23 mil, ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello tremeu, literalmente, de medo, de ser preso ao final de seu depoimento na CPI da pandemia.
Ao longo da sessão, providenciada pelo entorno de Bolsonaro, o ex-ministro demonstrou dificuldades em explicar a função de seu ex-assessor, Marcos Marques, conhecido como Markinhos Show, e detalhes dos contratos que assiou.
Dada a resistência de Pazuello a depor, o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Casa Civil, chegou a propor que o ex-ministro pedisse à CPI para ser liberado do depoimento presencial, alegando preocupação com os protocolos de distanciamento. A sugestão foi revelada hoje pelo colunista Lauro Jardim.
A alternativa foi descartada na hora, dado que o ministro havia sido flagrado naqueles mesmos dias andando sem máscara num shopping de Manaus.
A justificativa encontrada por Pazuello para não comparecer, afinal, foi outra. O ministro disse que teve contato com alguns coronéis contaminados no último fim de semana.
A situação foi relatada à colunista por pessoas presentes ao treinamento. Ainda segundo a jornalista, Pazuello tem apresentado oscilações de humor, por achar que o círculo próximo de Jair Bolsonaro planeja abandoná-lo em algum momento.
Como exemplos disso, aponta o fato de estar tendo dificuldades para obter documentos com a gestão de seu sucessor, Marcelo Queiroga, para embasar algumas de suas defesas à CPI.
Segundo Pazuello contou a interlocutores, nem ele e nem seu ex-secretário-executivo, Elcio Franco, recolheram todos os documentos de que precisariam ao deixar o ministério.
Outro fato que deixou Pazuello cabreiro com o entorno de Jair Bolsonaro foi a recente entrevista do ex-secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, à revista Veja.
Na entrevista, Wajngarten disse que houve "incompetência e ineficiência" do ministério da Saúde em adquirir vacinas, e afirmou que guarda documentos que comprovam a leniência de Pazuello na negociação com a Pfizer, primeira empresa a oferecer vacinas ao governo federal.
O ex-secretário, porém, procurou eximir o presidente de qualquer responsabilidade sobre os atrasos na aquisição de vacinas, o que deixou Pazuello desconfiado de que houvesse uma armação do Palácio do Planalto para deixá-lo pelo caminho.
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