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Nélida Piñon: aos 83 anos, escritora concluiu livro na quarentena / Foto: Afonso Henrique/Up Magazine |
Aos 83 anos, Nélida Piñon, hoje com 84,
completados no último dia 3 de maio, foi a grande vencedora do
Prêmio Jabuti, de 2020, na categoria crônica com Uma furtiva lágrima. Na
obra, editada pela Record, Nélida fala sobre sua infância no Rio de Janeiro, a amizade com
Clarice Lispector e a relação com seus antepassados. Concluído durante o isolamento social na pandemia, Um dia Chegarei a Sagres é apontado como uma obra épica em que a autora mergulha no Portugal profundo do século XIX, um romance de formação, no qual o leitor acompanha o
amadurecimento do jovem Matheus e a perda de ilusões. Pobre e bastardo, ele
decide abandonar sua pequena aldeia após a morte do querido avô, a fim
de seguir os passos do ídolo e chegar à sonhada cidade de Sagres. Ao
longo do percurso, o personagem explora os seus intensos desejos sexuais
e a sua paixão por ouvir histórias.
Premiações não chegam a ser novidade para a escritora brasileira Nélida Piñon, ganhadora de alguns dos mais importantes prêmios da literatura mundial, a exemplo do Príncipe das Astúrias (Espanha), do Juan Rulfo (México) e do Gabriela Mistral (Chile), que fizeram de Nélida, talvez, a escritora brasileira mais premiada no exterior. Em 1992, o Suplemento Literário do New York Times chegou a compará-la a Miguel de Cervantes:
Mas não deixa de ser digno de nota que aos 83 anos, Nélida, hoje com 84, completados no último dia 3 de maio, tenha sido a grande vencedora do Prêmio Jabuti, de 2020, na categoria crônica com Uma furtiva lágrima. Na obra, editada pela Record, Nélida fala sobre sua infância no Rio de Janeiro, a amizade com Clarice Lispector e a relação com seus antepassados.
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Foto: Reprodução |
Nélida já havia recebido dois Jabutis, em 2005, nas categorias Romance e Livro do Ano, por Vozes do Deserto. O Jabuti é considerado o prêmio de maior prestígio dentre os distribuídos a escritores, no Brasil.
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Foto: Reprodução |
Mas depois de 60 anos dedicados ao ofício de escritora, Nélida parece não encontrar limites à sua capacidade criativa e de produzir obras-primas. No final de 2020, lançou o épico Um dia Chegarei a Sagres. Obra concluída durante o isolamento social decorrente da pandemia de coronavírus, é apresentado como um mergulho profundo no Portugal do século XIX, país para onde Nélida se mudou em 2018 e onde residiu por dois anos, para fazer as pesquisas para sua obra mais recente. Por Um dia Chegarei a Sagres, Nélida já foi agraciada com o Grande Prêmio Nacional Pen Clube de Literatura de 2020.
Nélida Piñon em entrevista ao Roda Viva em 02/11/2020:
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